Livro Jardins da Arara de Lear
Descrição
De Joao Marcos Rosa e Gustavo Nolasco | NITRO + Jardins da Arara de Lear:
O maior mistério da Ornitologia mundial estava no Brasil, mais precisamente no Sertão da Bahia, bem próximo à quase mitológica cidade de Canudos. Foi lá, que em 1978, o naturalista alemão Helmut Sick encontrou a Arara-azul-de-lear (Anodorynchus leari). Uma saga repleta de enigmas, tentativas frustradas, expedições pelos grotões do Brasil e principalmente, marcada pela resistência dos sertanejos brasileiros.
No livro “Jardins da Arara de Lear”, o fotógrafo João Marcos Rosa e o escritor Gustavo Nolasco refazem a viagem de Sick e contam a história das mulheres e homens sertanejos, de sangue ou alma, que lutam pela preservação dessa espécie ainda em perigo de extinção.
O lançamento do livro acontece em São Paulo, no dia 21 de setembro, às 19 horas, na DOC Galeria (Rua Aspicuelta, 145 – Vila Madalena).
A HISTÓRIA:
A busca pela Arara-azul-de-lear era uma obsessão de Sick desde quando chegou ao Brasil no anos de 1940, sendo preso político durante a II Guerra Mundial. Libertado após o fim da guerra, resolveu permanecer no país e continuar a busca pela solução do enigma.
Quando já estava doente e sentindo ser sua última de dezenas de tentativas realizadas pelo do interior brasileiro, Sick descobriu o habitat daquela espécie na Caatinga do Sertão baiano, que até então, só havia sido vista em cativeiro e num misterioso desenho feito em 1830, na Inglaterra, pelo então ilustrador Edward Lear.
O fim do enigma trouxe um misto de alegria e apreensão, já que ao se descobrir a Arara, percebeu-se que ela estava “quase morta”, com apenas 41 aves e à beira da extinção. Mas sertaneja que é, a Arara-azul-de-lear resistiu.
No livro, João e Gustavo misturam fotografia, poesia e vivência dura de campo para relatar de forma inédita a história visual da Arara-azul-de-lear, dos cientistas e principalmente dos sertanejos que lutam pela continuidade da vida de animal tão brasileiro, sertanejo e resistente.
A ideia de recontar a saga de Helmut Sick e da “quase morte” da espécie surgiu da batalha e dedicação do Projeto Jardins da Arara de Lear, que vem lutando pela preservação e ampliação das áreas de alimentação deste animal no Sertão baiano.
João Marcos Rosa | de Belo Horizonte/MG. Fotógrafo e jornalista, colaborador da National Geographic Brasil. Com o olhar forjado na mata e na poeira dos Gerais, dedica sua carreira a documentar a vida além da cidade. Autor dos livros Harpia (2010) e Arara-azul Carajás (2015), também é coautor e coordenador editorial de diversas obras ligadas à conservação ambiental. Membro da NITRO e apaixonado pelo cheiro das manhãs nos rincões brasileiros.
Gustavo Nolasco | de Mariana/MG. Escritor e roteirista, é membro da Academia Marianense de Letras. Apaixonado por ouvir e contar histórias do Brasil, é coautor dos livros Nossa sala de troféus (2016) e Os Chicos (2012), vencedor do Prêmio Jabuti. Jornalista formado pela PUC Minas, trabalhou em diversos jornais e criou outros dois: A Semana e A Sirene. Membro da NITRO, é autor de diversos projetos culturais, como Moradores – A Humanidade do Patrimônio Histórico. Sertanejo de alma e sonho.
Projeto Jardins da Arara de Lear | O projeto contribui com soluções para garantir a conservação da base alimentar da Arara-Azul-de-Lear ( Anodorhynchus leari ) através da manutenção e ampliação da disponibilidade de Palmeiras Licuri ( Syagrus coronata ) na região de ocorrência das Araras, aplicando modelos de desenvolvimento sustentável.